18 de setembro de 2005

De volta a casa

Estou de volta após um longo tempo de ausência. Mas trata-se de algo incipiente ainda. Gostaria muito de ser um escritor contumaz, que tivesse a habilidade de despejar palavras num papel ou numa tela de computador com o descompromisso de uma criança que brinca. Não a possuo.
Para escrever, penso demais, já que a palavra tornada arte prescinde do imediato, do excesso, do temerário. Penso com a vacilação de quem não admite o erro, embora a arte, tal a vida, constitua-se de erro, que vira acerto, mas em princípio é erro.
Talvez escrever seja antes de tudo uma obsessão, uma idéia perseguida, mais que algo realizável. Porém, enquanto minhas dúvidas não encontrarem respostas plausíveis, eu escrevo, numa atitude rodriguiana, clariceana.