5 de março de 2011

CARNAVAL

A carne solitária na carne.
Carne sem carne, sem alma, sem osso.
Carne de pólvora, de estilhaços.
A carne cansada da carne.
A carne cansada de carne.
Carne para a qual não há vela, não há sopro, não há sobra.
Carne justa e injusta,
desajustada.
Resquícios dela a cada suspiro dela, o provisoriamente último.
Transbordamento, aviltamento, animação.
Carne morta-viva. Mas morta.

2 comentários:

  1. Meu amigo poeta que saudade de vê-lo parindo versos ao vivo e a cores, lá na "nossa" Casa das Rosas. Beijo grande!

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