24 de dezembro de 2010

DOS PORQUÊS

Por que de uma palavra mal dita um mundo inteiro se finda? E, agora que o reencontro, nem me lembro do que eu disse outrora. São tantas as respostas para perguntas que se repetem há milênios, todas insuficientes, ânforas sem água, água que mais sufoca que mata a sede. Leio-te no pensamento como a um diário antigo aberto sobre a cama ainda quente. Por que ainda estás aqui na tua ausência? Esse demorar da saudade me traz tanta vida que me sinto morrer. Por que não me despedes de mim? E, quando te beijo, é como escrever um livro cujas páginas são todas o começo da história. Uma alegre tristeza finca suas unhas na minha pele. Por que não é essa a dor que me faz chorar? Por que o tempo acabou, se ainda temos tanto tempo?

23 de dezembro de 2010

UM HAICAI

Chuva na janela...
Noite quente... Muito vento...
Logo será dia.