4 de dezembro de 2004

Em Busca do Tempo Perdido

A perseverança não é um dos meus atributos mais desenvolvidos, mas estou dedicado a uma empreitada da qual não pretendo desistir tão cedo: ler Em busca do tempo perdido até o fim. Já li No caminho de Swann duas vezes, e agora me delicio com À sombra das moças em flor.
Não é tarefa das mais fáceis, não só pelo tamanho da obra, támbém pelo conteúdo. Proust é exigente, ardiloso, inteligente, de uma erudição que demanda muito de nós. Mas está valendo a pena (o sofrimento). Porque trata-se de um sofrimento que engrandece, que eleva.
E penso no quão tardiamente entrei no mundo da literatura, o quanto estou defasado em relação àqueles que começaram bem mais cedo, lendo Monteiro Lobato nas tardes passadas em bibliotecas ou em suas casas acompanhados de seus livros. Comecei, verdadeiramente, aos quinze anos, quando descobri, numa aula de Português da escola, a poesia romântica de Álvares de Azevedo e de Castro Alves. Mas apenas na faculdade é que fui saber o significado de cada poema, de cada verso, da importância da palavra, da arte.

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