20 de fevereiro de 2007

Elegia de amor

Nosso último olhar
de amantes
no princípio
da tarde
de chuva.

Estas mãos que tentaram
segurar o meio-dia
e a madrugada
falharam
em roxa ânsia.

O canto
do beija-flor
não ressoa
a esperança.

Perdão.


(Poema dedicado a um amor como um rio intermitente. O amor não finda, apenas paira num limbo que não se pode nominar.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As suas palavras